Hoje,
Rosely Ferraiol é uma empreendedora de sucesso na raiz do
design sustentável, mas nem sempre foi assim. Além de ter derrubado vários
obstáculos e preconceitos em relação ao artesanato, teve de vencer grandes
batalhas pessoais.
Felizmente
o paradigma está sendo quebrado, mas quando iniciou o artesanato no Brasil
ainda não era visto de forma profissional.
“Toda
vez que falávamos de artesanato, principalmente do reciclado, encarávamos o
produto como trabalho de fundo de quintal. Não quero ser rude, mas fala a
verdade, não era isso que passava pela
sua cabeça?! Se não passou pela sua, seguramente passou pela cabeça da grande maioria.
Na verdade eu mesma comecei num fundo de quintal.”
Mas,
antes de se lançar neste ramo ela teve que lidar com suas próprias
dificuldades, teve um problema de saúde que a impossibilitou de trabalhar. O
mundo não para quando precisamos e no caso dela foi a mesma coisa, as cobranças
continuaram chegando, e cada vez mais dificuldades lhe batiam à porta, mas ela não
desanimou. Continuou firme e acreditando.
Certo
dia, ao fazer café, teve um insight, olhou para o filtro usado sobre o suporte
e viu beleza. Criou-se a empatia. Foi o começo de tudo.
Aos
poucos começou a elaborar os mais diversos experimentos resultando em trabalhos
surpreendentes! Sua textura, suas nuances! Sua arte começou a encantar e
seduzir até o mais frio dos mortais.
Enfim,
Rosely Ferraiol foi descoberta pela mídia impressa e televisiva e o sucesso foi
imediato!
A
partir daí seu trabalho só cresceu e tomou forma. Tornou-se uma Eco Designer e hoje
tem um ateliê, sempre criando novas técnicas e peças inovadoras.
Sua
inspiração deve-se à estética japonesa WabiSabi, (valorização da imperfeição), que
teve início na cerimônia do chá. A beleza nas suas peças sensibiliza, não
somente os olhos e as mãos, mas a alma, ao analisá-las de forma contemplativa,
refutando a perfeição.
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